O Rio Negro atingiu 28,96 metros nesta quinta-feira (30 anos).Sendo a maior cheia nos últimos 119 anos, Manaus vem sofrendo fortes problemas.
Desde quando atingiu a cota de 29 metros, em 30 de abril, até a quinta-feira, o rio permaneceu 90 dias em estágio de inundação de severa, o que também é um recorde. De acordo com o Boletim de Monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), o mesmo aconteceu em outros municípios do estado que sofreram com a cheia.
Apesar do rio ter deixado a cota de inundação severa, as águas continuam na chamada cota de inundação. A pesquisadora Luna Gripp explicou a diferença entre os índices:
Segundo os pesquisadores do CPRM, em 75% dos anos da série histórica, a cota máxima do rio Negro, na capital, ocorre no mês de junho e em 19% no mês julho. A partir daí, as águas tendem a iniciar seu processo de vazante até que atinja a cota mínima. O fim da vazante, por sua vez, não apresenta um período preferencial, podendo ocorrer entre outubro e janeiro do próximo ano.
Ainda conforme o CPRM, o rio Solimões, em Manacapuru, marca nesta, sexta-feira (30), 19,77 metros e ainda se encontra na cota de inundação severa, mas já apresenta processo de vazante ao longo dos últimos dias. A cheia na cidade também superou, em 2021, a maior cota observada até então.
Itacoatiara foi outro município que sofreu com a cheia, inundado pelo rio Amazonas. Do pico de 15,21 metros atingido em 31 de maio, o nível baixou para a cota atual de 14,08 metros e não se encontra mais em inundação severa. Para a cidade, a cota de inundação é de 14m, que deve ser atingida nos próximos dias, indicando o fim do processo de inundação na cidade.